Triplo Midrange para torneios de Runeterra

Triplo Midrange está longe de ser uma novidade para as composições de torneio do Legends of Runeterra, entretanto este tipo de arquétipo tem se mostrado uma opção excelente para o atual patch do card game da Riot. Ao contrário de outros estilos de estratégia, os baralhos Midrange permitem com mais facilidade uma mudança dinâmica de planos durante a partida, conforme o oponente, ou anteriormente na montagem da decklist.

Mas qual o motivo de levar Triplo Midrange no atual momento do metagame? Essa resposta é bastante simples: quase todos os decks com melhor taxa de vitória e maior número de partidas fazem parte deste tipo de arquétipo. Não é apenas jogar com um estilo que agrada ao jogador, mas também confiar nos dados analisados e assim utilizar essa informação a seu favor. Obviamente, não adianta seguir essa estratégia sem gostar ou conseguir performar bem com tais decklists.

Mas quais são os pilares do Triplo Midrange atual?

  • Nasus Thresh, midrange com curva agressiva e sinergia;
  • Targon Demacia Dragões, midrange com presença de mesa e jogo longo;
  • Ezreal Draven, midrange com jogadas de tempo impactantes.

Agora que a gente sabe quais são os 3 alicerces básicos para este tipo de estratégia, é hora de analisar os pontos fortes de cada um deles.

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Nasus Thresh

Pouca gente colocou fé na cachorrada de Shurima, mas hoje é possível enxergar o sucesso do campeão em um ambiente adequado. Nasus Thresh se apresentou como um deck sólido algumas semanas antes do último Sazonal e manteve seu poder com a chegada da expansão Guardiões dos Ancestrais - mesmo com os nerfs em Defensora Arruinada e Atrocidade, afinal Caçadora Implacável e As Asas e a Onda encontraram espaço imediatamente na decklist.

Inegavelmente, esta é a opção mais consistente para a ladder hoje em dia, mas ele é tão efetivo em seu plano de jogo que se adequa às composições desejadas para torneios. Além dos números positivos a seu favor, o deck de Shurima com Ilhas das Sombras ainda tem a seu favor cartas que se adequam especificamente ao que o jogador acredita ser mais perigoso a ele. Por exemplo, Ritual de Negação para um meta que as mágicas lentas e rápidas sejam mais determinantes; Lamento Fulminante contra unidades de resistência baixa; ou até mesmo A Caixa, caso a mágica assinatura do Thresh seja a melhor resposta contra unidade que precisem sofrer mais dano. 

Mesmo que seja uma das opções mais sólidas no metagame atual, Nasus Thresh perde para si mesmo diversas vezes por causa de suas mãos que não colocam o plano de jogo em prática. O jogador pode encontrar várias cópias de cartas que requerem unidade para sacrifício, mas não ter esse alvo disponível. É preciso procurar o que estabelece a mão inicial e administrar corretamente os recursos - seja para finalizar a partida apenas agredindo ou finalizando com a ajuda de Atrocidade.

Confrontos positivos: Decks agressivos e Azir Irelia, mas ainda tem partidas disputadas contra arquétipos do aspecto oposto.

Confrontos para banir: Decks com silenciar, Tahm Kench Soraka e Ashe Noxus.

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Targon Demacia Dragões

Targon diminuiu drasticamente sua presença no metagame, mas ainda encontra alguns espaços, principalmente em conjunto aos Dragões de Demacia. Entretanto, se antes o caminho mais comum para os targonianos era abusar de cartas com a mecânica evocar, o mais importante é ter presença de mesa até chegar ao jogo longo, ponto em que o Aurelion Sol é capaz de desbalancear a partida. 

Em um metagame que Nasus Thresh é um dos decks mais presentes, Dragões ganha espaço tanto pela sua presença de mesa com unidades grandes, roubo de vida e pela imprescindível Quietude sempre pronta para silenciar a ameaça do adversário. Ao mesmo tempo, o baralho também consegue estabelecer seu plano de jogo e fazer com que Azir / Irelia sofra bastante para conseguir a vitória.

Apesar de performar bem, este deck sofre para desenvolver alguns turnos por causa do alto custo de mana que algumas estratégias podem exigir. O plano de jogo necessita de comprometimento com jogadas que podem ser respondidas e assim causar impacto imediato por causa da quantia de mana gasta num turno sem impacto. Além disso, seu início de jogo precisa estar presente na mão inicial, caso contrário será necessário combinação de cartas para conseguir recuperar o dano que o nexo pode ter sofrido.

Confrontos positivos: Decks agressivos que não criem muitas unidades, Invoke, Thresh Nasus e Mono Fiora.

Confrontos para evitar: Deep, Cithria Matron, Lissandra Trundle, Ashe Noxus e Teemo Foundry.

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Ezreal Draven

Dos decks midrange mais presentes no metagame atualmente, Ezreal Draven é o que mais se beneficiou com a chegada da expansão Guardiões dos Ancestrais. Lee Sin e Lissandra Trundle diminuíram drasticamente a presença na ranqueada e também se tornaram menos confortáveis em composições de torneio devido ao péssimo confronto versus Azir Irelia. Para auxiliar a decklist de Noxus Piltover, Targon tem sido mais visto em companhia dos Dragões, o que permite partidas mais disputadas devido ao menor número de cartas súbitas com ganho de vida ou unidades com Escudo de Feitiço.

Ezreal Draven tem sua eficiência nos turnos que suas jogadas de tempo fazem com que o oponente fique para trás no ritmo de jogo. Vigia Aracnídea em combinação com Bando Voraz ou Improbulador Trivolt lidando de imediato com uma unidade, independentemente do número atingido na mágica, modificam a presença de mesa, assim administrando o ritmo da partida.

Entretanto, Ezreal Draven tem dificuldades que complicam seu plano de jogo. A primeira delas é necessitar de uma mão inicial com Improbulador Trivolt para tirar todo o potencial da carta ou colocar em jogo o Draven nos turnos 3 ou 4. O campeão de Noxus é um motor para a dinâmica do baralho, afinal ele consegue gerar agressão e recursos na mão para serem descartados com Remexida e Draga do Sumidouro. Além disso, essa combinação de regiões não possui nenhuma forma de ganho de vida, o que pode ser determinante contra alguns baralhos agressivos com Dizimar ou Fervor Noxiano.

Confrontos positivos: Shen Jarvan IV, Ashe Noxus, Nightfall, Tahm Kench Soraka, Teemo Foundry e alguns aggros, mas é preciso preservar os pontos de vida minuciosamente.

Confrontos para evitar: Lissandra Trundle, Azir Noxus, Zoe Vi, Invoke e Cithria Matron.

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Veja: Grande Praça entrevista Rubin Zoo

A quarta opção

Caso algum dos decks citados não te agrade, a quarta opção mais viável para Triplo Midrange é o Zoe / Vi, mais conhecido como a pilha criada pelo Rubin Zoo. A decklist se encaixa porque pode ser mais uma opção com Quietude versus Nasus, ter resiliência contra os burns devido aos ganhos de vida e remoções baratas para unidades pequenas. Apesar de não estar tão presente em torneios ou na ranqueada, a combinação de Targon Piltover tem se mostrado confiável há várias semanas, mesmo que as listas não estejam tão padronizadas. Caso você deseje usá-lo na composição, Zoe perde espaço no Targon Demacia ou é necessário trocar a campeã por Viktor.

Triplo Midrange está bem posicionado neste patch e deve se manter assim até um novo balanceamento ser efetuado pela Riot. Enquanto isso, essa composição é sólida o suficiente para os jogadores que gostam deste arquétipo e que desejam aproveitar o retrospecto positivo deles na ladder para aprimorar as técnicas com cada baralho.

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