Fundamentos de Runeterra: Ataque Aberto (Open Attack)

Fala pessoal, iannogueira aqui de novo. Vou dar continuidade a alguns fundamentos básicos que tem grande importância caso você tenha interesse em masterizar o game. Hoje falaremos do Ataque Aberto (Open Attack), que consiste basicamente em utilizar como primeira ação da rodada o ato de atacar o seu oponente. Isso pode parecer algo totalmente trivial, mas que se forem feitas as perguntas certas irá otimizar bastante a sua decisão de avançar ou não. 

Irei abordar três pontos imprescindíveis para o leitor se questionar quando estiver numa situação entre atacar ou desenvolver/passar. Esses pontos são menos dependentes entre si em comparação ao artigo de Passe Aberto, e possuem funções diferentes. Vamos à eles!

Respostas Rápidas/Súbitas x Respostas Lentas:

O aspecto mais básico de decidir se vale a pena ou não realizar um Ataque Aberto é se perguntar: Contra o deck que o oponente está usando, quais são as respostas que ele tem e quais são as suas velocidades? Conhecer as cartas que usualmente estão em cada baralho de Runeterra é importantíssimo. Se você é iniciante e ainda não conhece todas as cartas sugiro que faça uma triagem nos decks mais populares e abra várias listas dos mesmos. Jogar torneios da comunidade também te ajudará bastante nisso, pois você irá observar as ameaças da lista aberta do seu oponente enquanto joga.

Após ter respondido a pergunta acima, o próximo passo é chegar em uma conclusão: O que me pune mais são as cartas rápidas e súbitas ou aquelas que são lentas? Se a resposta for lenta, você estará mais inclinado a realizar o ataque aberto. Mas e se o ataque não for bom o suficiente? Também você deverá pensar em quem é o agressor, quem tem que se arriscar na partida. Você só não pode se expor para situações em que a resposta lenta irá destruir completamente a sua chance de vencer a partida, exemplo disso são: Avalanche, Ruína, Vigia Aracnídea

Quando você está enfrentando jogadores de elos mais baixos ou menos experientes, é bem mais fácil de fazer a leitura de mão. Então se o oponente tinha a oportunidade de usar, por exemplo, uma Avalanche e não a utilizou você pode pressupor que ela não está na mão dele. A partir disso, você irá fazer uma leitura de top deck, onde cada carta comprada que irá para a esquerda da mão de seu oponente será observada por você. Caso o oponente a utilize, você ainda tem o status quo anterior, ou seja, o oponente ainda não possui aquela carta na mão. Esse tipo de dedução vai ficando cada vez menos efetiva à medida que você enfrenta jogadores mais experientes, afinal eles tendem a tentar fazer você ter a leitura incorreta da mão dele.

O objetivo é criar uma lista de cartas na sua cabeça, analisar quais são as respostas que o oponente tem no deck usualmente, quais as suas velocidades, verificar se ele teve a oportunidade de utilizar alguma dessas respostas e por fim avaliar quais dessas cartas listadas encaixam na mana disponível do oponente. Muitos jogadores irão jogar de forma bem óbvia quando tem certa resposta na mão, seja guardando uma mana específica para a virada da rodada.

Se for percebido por você que as respostas lentas são as menos relevantes, e o que mais pode te prejudicar são congelamentos, Minimorfo. Vingança, Disparo Místico, Visão Aguçada você estará bem mais inclinado para forçar o desenvolvimento de mesa e taxar essas remoções e tricks de combate, fazendo com o que o seu oponente fique desconfortável na mana e ações que ele pretende utilizar nesta rodada. No próximo artigo irei abordar um pouco mais sobre isso quando eu falar exclusivamente do Desenvolvimento de Unidades.

Proteção de cartas chave na mão:

Outro ponto de extrema relevância sobre o Ataque Aberto é a sua utilidade para forçar o oponente a sair da mana de responder alguma carta sua que precisa ser protegida. Vamos dizer que você tem um campeão na mão que caso você o desenvolva estará suscetível a ser removido pelas ameaças do adversário. Muitas vezes o ataque deixará o oponente mais confortável para utilizar a mana, visto que você só irá atacar daqui a duas rodadas. Mas se você conseguir a partir disso estabelecer as suas maiores ameaças, provavelmente isso ajudará no seu plano de jogo para conseguir a vitória.

Vamos dizer que você tem um O Leviatã, Conchianos Curiosos, Veigar, até mesmo uma Nami, nem sempre são cartas que necessariamente vão melhorar o seu ataque e que precisam se manter no campo para tirarem o seu máximo valor. Então não há motivo para desenvolvê-las antes de realizar um ataque. Algumas pessoas irão questionar se não é melhor só passar, mas muitas vezes o passe fará com que o adversário fique alerta às suas ameaças e acabe jogando da forma correta, guardando a remoção. Nós sempre queremos deixar os nossos oponentes desconfortáveis, deixando-os em dúvida sobre o estado atual de jogo, escondendo a informação de cartas em nossas mãos. 

Nesse processo você irá abrir duas janelas para que o oponente gaste mana com o intuito de proteger suas cartas da mão. A primeira se abre durante o seu ataque e logo após ele a prioridade passa para o adversário fazer a sua jogada. Se você conseguir estabelecer a sua ameaça de forma segura por ter utilizado esse método, na próxima rodada usualmente ela estará mais protegida pelo fato de você ter a mana renovada ou em alguns casos após a remoção você poderá colocar outra cópia daquela unidade na mesa gerando certa vantagem de tempo a seu favor dependendo de quantas manas o oponente teve que gastar para lidar com ela.

Ataque para passar a prioridade (Soft Pass):

Existem diversos estados de jogo em que está tudo muito amarrado e nenhum jogador que se comprometer em realizar uma jogada mais assertiva. Vai de você analisar quem tem mais pressa para fechar o jogo. Caso você perceba que o beneficiário pela extensão da partida é você, utilizar um ataque para passar a prioridade pode ser uma forma do oponente colocar ameaças na mesa para que você possa removê-las mais efetivamente.

Percebemos bastante decks controle de Ilhas das Sombras com Freljord fazendo isso. Seja atacando com o Vigilante Avarosiano no início da partida, com o Trundle no mid-game ou com uma Anivia nas rodadas mais avançadas. A finalidade desse tipo de ataque muitas vezes não é necessariamente para causar o dano em si, mas para o oponente se sentir mais confortável em gastar a sua mana. 

Decks de Noxus / Piltover, seja com Caitlyn ou Ezreal apesar de ter uma boa presença de board e possibilidade de jogadas de tempo, também poderá assumir uma postura mais reativa em determinados momentos. Utilizando os campeões com Ataque Rápido para fazer ataques abertos realizando assim o Soft Pass ensinado neste tópico. 

Estes são detalhes mais básicos que alguns dos leitores já devem ter certa noção sobre o Ataque Aberto, mas que podem ser amplamente aprofundados e otimizados com o tempo. Espero estar contribuindo de forma construtiva para que mais brasileiros fiquem preparados para torneios sazonais. 

A gente se vê na semana que vem!

Ian “iannogueira” Nogueira

2 thoughts on “Fundamentos de Runeterra: Ataque Aberto (Open Attack)

  • 21/09/2021 em 23:47
    Permalink

    muito bom o artigo.

  • 26/09/2021 em 18:09
    Permalink

    escreva mais por favor

Fechado para comentários.