Cinco lições da atual temporada competitiva

A temporada competitiva de Guardiões dos Ancestrais se aproxima do fim. Em 30 de junho, a expansão Ascensão do Submundo chega ao Legends of Runeterra, apenas quatro dias depois do Top 32 do Sazonal com nove brasileiros em busca do título. Com isso, eu decidi repensar todos os erros e acertos que tive nesses últimos dois meses jogando LoR, assim explicando a todos os leitores da Runescola as lições que devo levar adiante para que eles possam fazer o mesmo, caso desejem.

Corrida ao Mestre

Ao contrário das temporadas anteriores, minha tática para alcançar o mestre com a chegada de Guardiões dos Ancestrais foi com base na corrida intensa durante os primeiros dias da atualização. Como havia uma disputa dentro da Hydra Gaming, time de LoR que faço parte, eu tinha um incentivo maior para isso. Mas, mesmo que não exista essa competição entre os companheiros de equipe com Ascensão do Submundo, devo repetir essa tática pelo resultado positivo que obtive ao atingir o maior elo em dois dias.

Obviamente, fazer isso suprime uma época em que é muito mais divertido testar cartas novas ou ter a oportunidade de brincar um pouco mais na ranqueada. Por isso, eu aconselho que a pessoa só faça isso se ela realmente acredita que exista benefícios evidentes para ela. Por exemplo, chegar ao mestre rapidamente para começar a acumular pontos ou aproveitar um metagame pouco baseado nas novidades para abusar de uma estratégia consolidada - tática que me fez jogar de Nasus Thresh.

Administrando pontos na ranqueada

Durante a temporada de Guardiões dos Ancestrais, eu tinha o objetivo de fazer um bom posicionamento na ranqueada para aumentar as minhas chances de entrar na classificatória do Mundial através da ladder. Para isso, minha estratégia foi subir aos poucos meus pontos no elo do mestre porque queria evitar estresse jogando muitas partidas por dia, assim tentava somar diariamente, mesmo que a quantia não fosse grande.

Essa tática foi efetiva, apesar de ter tido dias ruins com perdas de pontos muito impactantes, o que gerava estresse e busca pelo que havia perdido. Para quem deseja Top 50 por causa do possível 7-2 do Sazonal, aconselho esse modelo por ser menos desgastante durante toda a temporada. Entretanto, nem assim devo repeti-lo, afinal para garantir vaga no Mundial vou precisar fechar entre os dez melhores, então será necessário acumular uma quantia absurda de vitórias no próximo bimestre.

Além disso, eu não me permiti que um meta pouco amado pelo público me impedisse de jogar assiduamente. Meu plano inicial era subir usando TLC, mas tive que aprender a usar Nasus Thresh porque era a melhor opção possível. Se você deseja ser um jogador competitivo, algo característico da ranqueada, o melhor é aceitar as melhores estratégias, mesmo que aquilo não te deixe feliz a cada partida.

Imagem retirada do Twitter do Sirturmund para registrar minha posição antes do corte do Sazonal

Lidando com o Sazonal

Esse é o trecho que as lições começam a machucar um pouco. Eu nunca fui um ótimo exemplo de jogador que faz muitos treinos ou participa efetivamente dos torneios da comunidade. Por exemplo, a quantidade de campeonatos que eu jogo no mês, um jogador de alto nível, como Sucessor e BlackBoss, faz em apenas sete dias. 

Esse aspecto faz muita diferença no principal torneio da temporada, tanto para jogar com mais tranquilidade algumas partidas quanto para identificar padrões de jogo que ficam mais frescos na memória por causa da repetição dos confrontos. Não adianta nada fazer uma posição que possibilite o 7-2 para a segunda fase do Sazonal se a preparação para esse evento não é boa o suficiente.

Situações fora do nosso controle

Infelizmente, muitas situações dentro da caminhada até a vaga do Top 32 não estão sob nosso controle. Perder a vaga da atual edição com a partida final sendo decidida pelo Improbulador Trivolt que gerou Guardiã Radiante e ver o oponente encontrando letal no turno que eu ganharia o confronto foi a experiência mais frustrante que tive com card game. Mas, eu ainda tive oportunidade de jogar até a nona rodada e isso não foi a única coisa que definiu meu fracasso no torneio.

Entretanto, há situações piores e é preciso ter muita calma para conseguir lidar com o investimento de energia que se torna apenas tristeza. Os conhecidos problemas que ocorrem na aba de torneio desde o primeiro Sazonal continuam a se repetir e isso destrói a experiência do competidor. Algumas pessoas já passaram pela situação de não conseguir adentrar no evento, enquanto outras não puderam concluir a partida que decidiria o avanço dela à próxima fase ou não tiveram o resultado correto computado. A sensação de impotência gerada por isso é pior do que ver o oponente comprando a carta que elimina sua vitória. Resta torcer e cobrar a Riot Games para que evitem a incessante repetição desses problemas.

Essa imagem vai me assombrar pelos próximos meses

Compreensão do coletivo

A comunidade brasileira de Legends of Runeterra é tão forte no competitivo porque ela é muito bem estruturada. Para que isso ocorra, os membros dela precisam manter esse grande grupo de pessoas de maneira harmoniosa e gerar incentivos que mantenham quem já faz parte dela ou trazer novos jogadores aos torneios do LoR. 

Mais do que nunca eu entendo que criar conteúdo como streamer não é algo que eu consigo fazer bem, tanto pelos meus problemas psicológicos quanto pela forma que minha vida financeira está atualmente. Entretanto, considero que sou útil à comunidade como redator da Runescola porque posso ajudar todos os leitores do site com o que eu conheço sobre o jogo. Sempre que alguém me conta que aprendeu algo sobre LoR por causa de algo que ensinei, entendo melhor minha função dentro da comunidade.

Devo focar ainda mais nesse aspecto daqui pra frente, seja pelos textos da Runescola ou até mesmo através de coach num futuro breve. Isso vai fazer com que eu nem cogite transmitir LoR nos próximos meses, ainda mais com a minha corrida por pontos em busca do mundial. Também devo me ausentar dos torneios em equipe, como a LBR e GCB, mas continuarei auxiliando os companheiros da HDR com treinos, como a gente tem feito para o Top 32 do Sazonal. Entender onde tenho que focar no próximo bimestre vai ser o caminho mais coerente para alcançar meus objetivos no Legends of Runeterra, mesmo que para isso seja necessário jogar para escanteio alguns aspectos que adoro.

Classificados para o Top 32 do Sazonal de Guardiões dos Ancestrais

Nenhuma temporada de Legends of Runeterra deve ter ensinado tanto aos jogadores, algo que é muito visível nos vários textos divulgados pelos jogadores no Twitlonger nos últimos dias - ressaltando principalmente os escritos por Akihiko e Trivo. Que todos esses ensinamentos de Guardiões dos Ancestrais permitam a evolução constante da nossa comunidade durante a Ascensão do Submundo.