Finni-Vision: Por dentro de Azir / Irelia

Olá! Amado por uns, odiado por outros Azir / Irelia trouxe para o LoR alguns conceitos de jogo que ainda não tínhamos. Mesmo após os nerfs do patch 2.9.0 o deck ainda tem continuado sendo uns dos decks mais jogados das filas ranqueadas. E já que iremos vê-lo por mais algum tempo, eu queria trazer para vocês, alunos, um pouco da minha filosofia sobre o baralho.

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Arquétipo

A conversa sobre qual arquétipo deck X ou deck Y é, sempre aparece de hora ou outra na comunidade e é esse o primeiro tópico que irei tocar.

Alguns dizem que Azir / Irelia é combo, pelo fato de você ter que achar as “peças” chaves do deck: Azir, Irelia e Palanque do Imperador, para que o efeito bola de neve aconteça. Em uma análise simples sobre o deck essa argumentação faz sentido, o baralho realmente depende de certas compras importantes na mão inicial para que o jogo dele aconteça, mas, se pararmos para pensar, muitos decks funcionam da mesma forma, por não terem em sua região cartas de compra que são realmente boas no baralho. Patrulheiros por exemplo, você também necessita dos campeões para ganhar os jogos, sem eles o jogo é totalmente diferente, Braum/Vladimir também precisa de O Lar das Cicatrizes para vencer seus jogos, sem o monumento o deck é muito mais fraco, e sendo até mais polêmico, o antigo baralho de Aphelios com O Templo Velado também precisava dessas enginners rápido, se elas demorassem para chegar o jogo era muito mais difícil de se você vencer.

“Ok Finni, você está me dizendo que Azir/Irelia não é combo, mas aggro ele também não é, ele não se parece nada com Descarte ou Spiders Aggro”.

Concordo em partes com essa afirmação. Se fizermos uma análise um pouco mais profunda sobre os tipos de arquétipos e chegarmos na conclusão que existe pelo menos 8 tipos de arquétipos, sendo eles: Aggro – Controle – Combo – Midrange – Aggro Combo – Aggro Control – Combo Control e Aggro Combo Control (Esse último é aquele deck que faz de tudo um pouco). Podemos dizer daí que Azir/Irelia é um Aggro Combo, pois ele é um deck que quer acabar com o jogo antes do turno 6, que precisa das cartas certas para finalizar a partida e que diferente dos baralhos aggros, este baralho não possui Alcance (Dano direto no nexus como maneira de finalizar a partida).

Poderíamos simplesmente parar a análise por aqui e assumir que Azir/Irelia é um Aggro Combo. Mas e se eu disser para vocês que Azir/Irelia é apenas Aggro. Como assim Finni? Sim! Para mim Azir/Irelia é aggro, mas não um aggro qualquer, para mim ele é um Swarm Aggro.

Senta que lá vem história...

A mais ou menos 3 anos atrás, o jovem Finni amava jogar Magic e sonhava em um dia ser profissional neste card game. Afim de sempre melhorar, Finni começou a ir atrás de artigos sobre Magic e a pesquisar coisas sobre o metagame e como os decks e formatos funcionam, e assim foi até o lançamento de Legends Of Runeterra. Desde a primeira experiência com o LoR um novo amor se criou no coração de Finni, não apenas por ser um jogo da Riot Games, mas também por ser um dos card games mais semelhantes com Magic.

Com o passar do tempo o competitivo de Legends Of Runeterra começou a crescer, e a obsessão por estudar o game e entrar com tudo nele começou a se criar na minha cabeça, ao ponto de deixar tudo de lado e passar a apenas a se dedicar ao jogo, e mesmo que isso possa custar caro no futuro, Finni decidiu viver o sonho e fazer do LoR a vida dele.

Com ainda poucos estudos e filosofias sobre o game, Finni decidiu trazer seu pequeno conhecimento do Magic para o LoR e decidiu tentar replicá-lo no card game da Riot.

E uma das pessoas que mais me ensinaram Magic, seja por seus artigos ou até mesmo livros, foi Patrick Chapin.

Patrick escreveu um livro chamado “Next Level Deckbuilding” onde ele explica passo-a-passou o processo de deckbuilng em um nível mais elevado. Neste mesmo livro, Patrick criou o que ele chama de 16 macro arquétipos de Magic e é aí que Patrick me ensinou o que é um Swarm Aggro e como ele funciona.

Swarm Aggro

Traduzindo para o português Swarm tem alguns significados, um deles é Enxame, uma palavra que combina muito bem com o estilo do nosso deck. Enxame em sentido figurado é uma palavra que você usa para expressar excesso de coisas, seja objeto, pessoas ou animais, mas a palavra também é um substantivo de colmeia, conjunto de abelhas e essa parte define bastante nosso baralho.

Abelhas, pequenas criaturinhas que sozinhas podem até machucar, mas são frágeis, e que em conjunto podem fazer um estrago e tanto no que elas quiserem. Nosso baralho funciona da mesma forma Soldado de Areia e Lâmina são extremamente frágeis quando atacam sozinhos, mas coloque 4,5,6 delas batendo por turno no adversário para você ver se eles não acabam com o jogo.

Swarm Aggro são decks que conseguem criar pequenas unidades aos montes, priorizando a vantagem de mesa e não o dano direto.

Prefere ganhar combates melhorando suas unidades através de pumps ou proteções invés de matar a mesa adversária usando remoções.

Que geralmente usam cartas que fazem mais de uma unidade, podendo ser unidades ou mágicas que geram tokens, isto não é necessariamente uma regra, mas normalmente é assim que funciona.

Usam também buffs em área ou globais como Voz dos Reerguidos, Marechal Inspiradora e Ira do Deserto.

E normalmente não usam nenhum tipo de alcance para finalizar a partida, preferem apostar somente nos combates.

Diferente do Magic, no LoR podemos apenas ter 6 unidades no nosso lado do campo. Devido a esse limitador de unidades a chance de termos um deck parecido com os Swarms Aggro do Magic eram quase nulas, mas com o lançamento de Azir tudo mudou e o campeão em si trouxe um arquétipo a mais para o jogo. Antes de Irelia chegar, já tínhamos o Lucian/Azir que tentava abusar dos Soldado de Areia e das fases de combate adicionais, mas era um deck que não conseguia ver muito jogo, pois não possuía tantas cartas boas com efeitos parecidos e que pela falta de compra, se tornava um deck muito dependente de ter as cartas corretas. Azir/Irelia também depende de ter as cartas corretas para se sair vitorioso, mas agora temos muito mais consistência, pois se o baralho não compra muito, ter cartas boas com efeitos muito parecidos fortalecem ele e o deixa mais sólido.

Possuímos ao todo, 21 cartas que fazem tokens, temos também cartas que crescem com a quantidade de unidades invocadas na mesa e cartas que conseguem buffar nossas pequenas unidades, e ainda temos um pacote de proteção para os nossos campeões.

Claro que tem mais decks que podem se encaixar nessa terminologia de swarm, mas Azir/Irelia é o baralho que mais me lembra esse tipo de arquétipo.

Terminamos por hoje, sei que o assunto arquétipo é um pouco diversificado e que cada um tem sua interpretação sobre qual arquétipo o deck é e o que ele faz, mas eu queria passar para vocês esta visão um pouco diferenciada que eu tenho sobre esse assunto. Mandem suas opiniões e críticas sobre o assunto por DM no twitter, será um prazer conversar sobre arquétipos com vocês. E se gostaram do assunto e quiserem mais um pouco de Finni-Vision deixem nos comentários, quem sabe eu traga para cá mais informações sobre o que eu acho de cada deck e arquétipo.

Um grande abraço e até a próxima!

Finni